O presidente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Social, Demian Fiocca, assinou, em Nova Iguaçu, a liberação de um financiamento no valor de R$ 15,5 milhões para a ampliação da central, que demandou um investimento total de R$ 26,8 milhões.
Segundo ele, o aterro da baixada fluminense foi o primeiro projeto do mundo baseado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, preconizado pelo Protocolo de Kyoto e enquadrado pela ONU - Organização das Nações Unidas.
“Esse mecanismo foi idealizado através de um acordo internacional: os países que fizerem projetos que reduzam a emissão de gás carbônico podem vender essa redução. O lixão emite muito gás metano, um dos vilões do efeito estufa. Ao reduzir essa emissão, gera-se um benefício para a atmosfera. O crédito de carbono, pode ser comprado por um país que precise reduzir sua cota de poluição”, explicou Fiocca.
A administradora do aterro sanitário de Nova Iguaçu, Adriana Felipetto, fez uma palestra aos prefeitos sobre gerenciamento de resíduos, para que eles tenham noção dos investimentos necessários para a implantação dos centros de tratamento de resíduos. - Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que 64% dos municípios brasileiros têm lixões, enquanto os aterros controlados constam em 18% das cidades e aterros sanitários em 14%.
O grande desafio é mudar essa estatística, para garantir uma melhor qualidade de vida da população e um meio ambiente mais saudável para o nosso país - frisou Adriana. O aterro sanitário de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, é o primeiro projeto aprovado pelo comitê executivo da ONU (Organização das Nações Unidas), dentro das normas do Protocolo de Kyoto. Este foi motivo de muitas perguntas durante a sua apresentação, já que essa certificação permite à empresa a venda dos créditos carbono.
O “Projeto Nova Gerar”, em Nova Iguaçu, é uma das experiências mais bem-sucedidas no manejo de detritos sólidos, com geração de energia e cuidado com o meio ambiente no País. O empreendimento é o primeiro na área de resíduos sólidos no Brasil a contar com o apoio do Banco Mundial.
O projeto, implementado pela empresa S.A. Paulista, em parceria com a prefeitura, substituiu o antigo lixão da Marambaia por um aterro sanitário inteiramente controlado, dentro dos preceitos da agenda 21
O projeto, implementado pela empresa S.A. Paulista, em parceria com a prefeitura, substituiu o antigo lixão da Marambaia por um aterro sanitário inteiramente controlado, dentro dos preceitos da agenda 21. Pelo projeto, o Banco Mundial comprometeu-se a pagar pela redução certificada nas emissões de gás metano do lixão e aterro sanitário, usando o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), criado na Convenção de Kyoto sobre agenda 21 e meio ambiente. Por meio de um fundo do governo da Holanda, todas as reduções na emissão de gás metano certificadas independentemente até o ano 2012 serão adquiridas a preço de mercado internacional.
O governo da Holanda, por exemplo, fechou um contrato para adquirir cerca de 2,5 milhões de toneladas de carbono até 2012. O preço estabelecido foi de 3,35 euros por tonelada. O negócio foi fechado por meio do Banco Mundial, que comprará os créditos em nome do governo holandês. O país tem todo o interesse em evitar o aquecimento global do planeta. Caso as calotas polares viessem a derreter, como alardeiam os ambientalistas, a Holanda seria uma das primeiras regiões a desaparecer debaixo do mar.
Para o engenheiro Artur Cesar de Oliveira, diretor da companhia S/A Paulista e responsável pelo projeto que deve servir de exemplo para outras cidades do país, os benefícios vão além do respeito ao ser humano. “Em São Paulo e Curitiba, já existem aterros sanitários que não poluem o meio ambiente, mas nenhum outro, na América Latina, reúne o tratamento do lixo hospitalar, a geração de energia, a coleta seletiva de detritos e a integração plena ao meio ambiente e à paisagem, como na Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos de Nova Iguaçu”, ressalta Oliveira.
Benefícios ambientais
O projeto que será implantado no Sul Fluminense representa um exemplo internacional de boas práticas ambientais, sociais e no engajamento de parcerias público-privadas. O meio ambiente é beneficiado tanto globalmente quanto localmente. No caso da cidade do Grande Rio, a diminuição em mais de 100 mil toneladas na emissão de gás metano até 2012 está ajudando a reduzir a concentração de um potente promotor do efeito estufa. Ao mesmo tempo, a desativação e gerenciamento de antigos lixões e a construção do novo aterro sanitário para receber e armazenar corretamente os resíduos sólidos diários geradas pelo município reduziram significativamente os impactos ambientais locais.
Parcerias
O projeto é também um exemplo de parceria público-privada bem-sucedida. Além da empresa que vai explorar o aterro sanitário, as prefeituras de Barra Mansa e Resende também deverão ter o apoio do Ibama, Ministério do Meio ambiente, Feema, Emlurb, Ministério Público e de investidores privados. No caso de Nova Iguaçu, o município recebe 10% das receitas geradas pelo aterro com a venda de certificados de redução de emissões e outras atividades geradoras de renda. O gás não-emitido é usado para a geração de 20 MW/h de energia elétrica limpa, 10% dos quais beneficiam diretamente a comunidade de Nova Iguaçu, reduzindo a gasto público.
Por fim, o projeto também gera importantes resultados sociais diretos. As modificações no lixão e o novo aterro no Sul Fluminense poderão gerar empregos formais, destinados às pessoas que trabalham como catadores de lixo, dando-lhes renda fixa e melhores condições de trabalho.
Produção de energia elétrica a partir do biogás liberado pelo lixo
É brasileiro o primeiro projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) a ser colocado em prática no mundo. O Conselho Executivo de MDL da ONU deu aval para que o Nova Gerar acumulasse e comercializasse créditos de carbono. Localizado em Nova Iguaçu, o projeto consiste na produção de energia elétrica a partir do biogás liberado pelo lixo em decomposição de um aterro sanitário. A maior parte desse gás é constituída de metano, um dos vilões do efeito estufa. O material é drenado, canalizado e transformado em combustível, que alimenta uma usina de energia elétrica, gerando 12 megawatts de energia. O investimento estimado para concretizar o plano é de US$ 7 milhões.
O governo da Holanda, por exemplo, fechou um contrato para adquirir cerca de 2,5 milhões de toneladas de carbono até 2012. O preço estabelecido foi de 3,35 euros por tonelada. O negócio foi fechado por meio do Banco Mundial, que comprará os créditos em nome do governo holandês. O país tem todo o interesse em evitar o aquecimento global do planeta. Caso as calotas polares viessem a derreter, como alardeiam os ambientalistas, a Holanda seria uma das primeiras regiões a desaparecer debaixo do mar.
Benefícios ambientais
O projeto que será implantado no Sul Fluminense representa um exemplo internacional de boas práticas ambientais, sociais e no engajamento de parcerias público-privadas. O meio ambiente é beneficiado tanto globalmente quanto localmente. No caso da cidade do Grande Rio, a diminuição em mais de 100 mil toneladas na emissão de gás metano até 2012 está ajudando a reduzir a concentração de um potente promotor do efeito estufa. Ao mesmo tempo, a desativação e gerenciamento de antigos lixões e a construção do novo aterro sanitário para receber e armazenar corretamente os resíduos sólidos diários geradas pelo município reduziram significativamente os impactos ambientais locais.
SEIS PASSOS PARA ENTENDER COMO FUNCIONA O MERCADO DE CARBONO
1 - O tratado de Kyoto obriga os países desenvolvidos a reduzir as emissões de gás carbônico. Liberado nos processos de produção industrial e na queima de combustíveis fósseis, o gás é um dos causadores do aquecimento do planeta.
2 - Entretanto, para reduzir as emissões de carbono, os países desenvolvidos teriam de abrir mão de sua atividade industrial - com prejuízos para a economia e para a geração de empregos.
3 - Para evitar um colapso econômico, o acordo de Kyoto permite que os países desenvolvidos continuem poluindo, desde que compensem essa poluição. Isso é possível por meio da aquisição de “créditos de carbono”.
4 - Quem vende os créditos de carbono são empresas de países em desenvolvimento - em tese, os que poluem menos. Elas ganham esses créditos a partir de iniciativas que retiram carbono da atmosfera.
5 - Na contabilidade de Kyoto, quem compra esses créditos está automaticamente reduzindo as emissões de gás carbônico. O tamanho da redução é equivalente à quantidade de carbono adquirida.
6 - No final, ganham todos. Os países desenvolvidos, que seguem funcionando normalmente. Os países em desenvolvimento, que ganham dinheiro com os projetos ambientais. E o meio ambiente.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
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Um comentário:
Essa merda naum me ajudou em nada.
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