sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

CERRADO, BERÇO DAS ÁGUAS: oficina de planejamento impulsiona circuito eco cultural

CERRADO, BERÇO DAS ÁGUAS: oficina de planejamento impulsiona circuito ecocultural Postado por Comunicação Comunidade das Águas em 25 janeiro 2013 Fonte: http://comunidadedasaguas.ning.com/profiles/blog/show?id=6223936%3ABlogPost%3A35460&xgs=1&xg_source=msg_share_post Resultante da expressão de anseios, desafios e sonhos compartilhados, a idéia do CIRCUITO ECO CULTURAL surgiu inspirada na temática da água como narrativa para a integração de saberes e fazeres em prol da sustentabilidade do Cerrado. A narrativa emergiu a partir de acúmulos oriundos de atividades dialógicas e formativas realizadas em 2012 (antes, durante e após a Rio+20), tais como os diálogos interculturais sobre a água no XII Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros; os diálogos de água na IV Semana do Folclore do Lago Serra da Mesa; os diálogos de água no VII Encontro e Feira dos Povos do Cerrado; as abordagens sobre a água no espaço Eco das Tradições do VIII Festival de Cultura Popular de Brasília, a oficina e mesa sobre água no VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental (FBEA), as reflexões sobre a água no Encontro Voz das Avós no Fluir das Águas, a Exposição "Água, rios e povos" e debates no Pavilhão Azul da Cúpula dos Povos, encontros no Rio Paraguai e Bacia do Prata, o Seminário Águas em Poços de Caldas e oficinas do XIV Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas (ENCOB). Objetivando o fortalecimento de iniciativas, dinâmicas comunitárias e políticas públicas (culturais, hídricas e socioambientais) comprometidas com a valorização da diversidade sócio-cultural e ambiental, o CIRCUITO ECO CULTURAL contribui para ampliar o horizonte de atuação e proporcionar envergadura às ações em defesa do bioma Cerrado e de seus habitantes, especialmente as comunidades tradicionais que são protagonistas de expressões culturais originais e de uma relação sustentável com o ambiente. Oficina de planejamento Reunidos no Parque Nacional de Brasília, nos dias 10 e 11 de janeiro, representantes de movimentos culturais, sociais e ambientais, bem como de instituições governamentais com atuação no território cerratense e no país, realizaram uma oficina de planejamento de ações para 2013 (estabelecido pela UNESCO como o “Ano da Cooperação pela Água”), a partir da qual começou a se consolidar o projeto denominado CIRCUITO ECO CULTURAL - CERRADO, BERÇO DAS ÁGUAS. A abertura da oficina, na manhã do dia 10, contou com as presenças de Pedro Wilson Guimarães (Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente) e Celso Schenkel (Coordenador de Ciências e Meio Ambiente da UNESCO-Brasil). O Secretário Pedro Wilson é autor da Proposta de Emenda Constitucional – PEC nº 150 (elaborada em 1995, quando exercia mandato de deputado federal) objetivando a inclusão do Cerrado e da Caatinga entre os biomas considerados patrimônio nacional no parágrafo 4º do artigo 225 da Constituição Federal de 1988. Do conjunto dos trabalhos nos dois dias (10 e 11), também participaram da oficina: Luis Carraza (Coordenador da Central do Cerrado/Rede Cerrado), Juliano Basso (Presidente da Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge), Mara Moscoso (Fórum de Ongs Ambienalistas do DF e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba), Jean Marconi Carvalho (Memorial Serra da Mesa/Uruaçu-GO), Fred Maia (Movimento Fora do Eixo), Sérgio Ribeiro (CET-Água e REATA), Franklin de Paula Jr (SRHU/MMA e Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata), Ilka Fagundes (Rede Cerrado), Larissa Malty (SMCQ/MMA), Marielle Ramires (Movimento Fora do Eixo), Eduardo Estelita/Dada (Vereador de Alto Paraíso-GO e gestor do Centro de Estudos Avançados/UnB Cerrado), David Rocha (SRHU/MMA), Nadja Janke (Depto. de Educação Ambiental do MMA), Carol Tokuyo (Movimento Fora do Eixo), Anuiá Yawalapiti (Parque Nacional do Xingú), Giorgenes Souza (Parque Nacional de Brasília/ICMbio), Bismarque (Projeto Estrada Colonial do Planalto Central) e José Rosa (Projeto Fotolata). Resultou da oficina a elaboração de um plano de ações que será detalhado virtualmente, consolidado em uma próxima reunião do grupo, em fevereiro, e posteriormente compartilhado com eventuais outros parceiros por meio de um seminário. Dentre as atividades previstas e sugeridas para integrarem o calendário 2013 do Circuito Eco Cultural, destacam-se as oficinas sobre a Lei do Cerrado, o XIV Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros (Vila de São Jorge/Alto Paraíso-GO – julho), o Festival das Águas do Lago Serra da Mesa (Uruaçu-GO), o Encontro dos Povos do Grande Sertão Veredas (Chapada Gaúcha-MG – julho), os Encontros Formativos de Gestão de Águas (Ouro Preto-MG), o Encontro Formativo na Bacia do Alto Paraguai/Pantanal do Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata, o Encontro Águas do São Francisco - cultura, diversidade e cidadania (Pirapora-MG/julho), e o IX Festival de Cultura Popular de Brasília. O grupo entende que a perspectiva eco cultural deve incorporar as dimensões da ecologia (humana, social e ambiental), reconhecer, valorizar e difundir os saberes tradicionais, populares e ancestrais sobre o Cerrado e as águas, exercitando a interculturalidade, o diálogo entre diferentes saberes e promovendo ações em rede (educomunicativas e mobilizadoras). Assim, o Circuito Eco Cultural promoverá estratégias de construção de alianças, catalizando atores e ações, buscando sinergias e conferindo envergadura à atuação conjunta. O circuito pretende desenvolver uma cartografia eco cultural do Cerrado e programas de Pós-TV valorizando as dinâmicas locais e regionais, bem como organizar um banco de dados referencial sobre políticas públicas (federais, estaduais e municipais) que podem incidir e serem replicadas territorialmente. Das instituições que já integram o Circuito, a Rede Cerrado, por exemplo, é constituída por cerca de 500 organizações que atuam no Cerrado, e o Movimento Fora do Eixo/Nós Ambiente, que também atua em rede, utilizando estratégias multimídia, e possui grande capacidade de mobilização em todo o país. A SRHU/MMA, responsável pela coordenação de ações do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e pela articulação de políticas públicas no âmbito do Sistema Nacional de Recursos Hídricos (SINGREH), pretende envolver parceiros do governo federal e também colegiados de recursos hídricos, em especial os comitês de bacias hidrográficas, com atuação no território. Já no final de 2012, foram realizadas algumas conversas preliminares com o Secretário Pedro Wilson e sua equipe (SRHU/MMA) sobre o desenvolvimento de estratégias para a atuação do Circuito Eco Cultural. No dia 14 de novembro de 2012, um grupo de representantes da Rede Cerrado, do Movimento Fora do Eixo, do CET-Água/REATA e do MMA se reuniu na Secretaria Geral da Presidência da República (SG/PR). Recebidos por Paulo Maldos (Secretário Nacional de Articulação Social) e Pedro Pontual (Diretor de Participação Social), os representantes apresentaram a proposta do Circuito que foi bem recebida pela SG/PR. O Secretário Paulo Maldos comentou sobre a necessidade de “adensar a articulação de várias instâncias que trabalham pelo Cerrado”. Também foi mencionada a importância de maior aproximação entre as iniciativas eco culturais já consolidadas nas comunidades e a atuação dos colegiados de recursos hídricos existentes nas bacias hidrográficas relacionadas ao Cerrado. O Cerrado e as suas águas emendadas interligando o território nacional Berçário de volumosas águas que entrecortam o território nacional e que também atravessam fronteiras com os países vizinhos, o bioma Cerrado é o segundo maior da América do Sul, com uma extensão de aproximadamente 2 milhões de quilômetros quadrados, abrangendo cerca de 22% do território brasileiro. Além de proporcionar a conexão com quase todos os demais biomas brasileiros (à exceção apenas do Pampa) e estar estrategicamente localizado no Planalto Central, no coração do Brasil, o Cerrado também funciona como um vertedouro ou uma caixa d´água que provém de água grandes bacias brasileiras tais como as dos rios Araguaia, Tocantins, Paraguai, Paraná (Paranaíba e Grande), Xingu, São Francisco, Parnaíba, Jequitinhonha e Doce. As bacias do Paraguai e do Paraná possuem águas fronteiriças e transfronteiriças e assim integram o segundo maior complexo hídrico da América do Sul, conformando a Bacia do Prata, a qual abrange territórios de 5 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai). A condição geopolítica de provedor para os vizinhos representa um desafio ainda maior na proteção ecossistêmica e no cuidado com as nossas águas. Nota para a Comunidade das Águas (por Franklin PJr) Fotos: Acervo Rede Cerrado

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Quem são os donos do Jalapão?

QUEM SÃO OS DONOS JALAPÃO?? De que os Jalapoeiros precisam?? Por: Jalapoeira Indignada. Caros brasileiros e conterrâneos da Região do Jalapão, Estado do Tocantins. Não aguentei a inquietação e resolvi escrever este texto e compartilhar com vocês, no intuito de saber a opinião de vocês sobre tal assunto (quem são os donos do Jalapão e de que os jalapoeiros precisam), se não quiserem manifestar a sua opinião fiquem à vontade. Foi publicado em jornais, rede sociais, e outros meios de comunicação, a construção de um AEROPORTO INTERNACIONAL, na cidade de Mateiros no Jalapão e segundo informações está tudo acelerado. Também foi divulgado o valor da OBRA que é de 41 MILHÕES DE REAIS. Isso mesmo, 41 MILHÕES de REAIS!!! Somente isso!!! Concordo plenamente com esta grandiosa construção: SUPER LEGAL, maravilha! Agora sim vamos sair do isolamento, isso é um símbolo do DESENVOLVIMENTO, da MODERNIZAÇÃO do Jalapão. O aeroporto vai atrair mais turistas, sem contar os empregos que serão gerados. Nós do Jalapão poderemos ficar tão chiques que cada família poderá comprar um “JATINHO PARTICULAR.” Esse aeroporto é a obra que realmente estávamos PRECISANDO. Outro benefício é que vamos acabar com a falta de veneração com: DEPUTADOS, SENADORES, GORVENADORES, EMBAIXADORES, MINISTROS e outras autoridades que VISITAM a gente com amor, carinho e dedicação e são obrigados a fazer um pouso em uma pista de terra. Isso não vai mais acontecer minha gente. Quero que vocês me entendam, isso não era justo.A nossa querida Presidenta Dilma, em sua primeira visita ao Tocantins, discursou dizendo que, voltaria para conhecer o Jalapão, eita que eu fiquei feliz, quando ela voltar o aeroporto já esta pronto. Outro dia, conversando com uma Jalapoeira, a senhora Sarapiana Pereira Neta, 87, vocês devem conhece-la. Ela me falou a opinião dela sobre a construção do tal Aeroporto Internacional NO JALAPÃO: Minha fia, estou preocupada com os donos do Jalapão... Estou com MEDO até de falar isso, mas aqui é do jeito que eles QUEREM, nunca pergunta pra gente o que estamos precisando é tudo de CIMA PRA BAIXO... Sabe por que estou dizendo isso? Aqui não tem estradas, não tem médico... olha deixa eu te contar a situação daqui...Não tem saneamento básico... à agua ainda não é tratada...sem asfalto... Arborização e outras coisas; é triste mas é desse jeitinho que as coisas funciona por aqui. As comunidades quilombola... ai que as coisas é mais complicada ainda... tem uma comunidade famosa que eu não vou falar o nome... mais você deve conhecer... aquela que deu nome ao Tocantins através do artesanato... o tal capim de brilho... Essa comunidade a situação é PERRENGA... Você acredita que começaram fazer uns banheiros... no ano de 2009 e nunca terminaram? E tem um poço artesiano derramando água.. furaram o poço 2010 e até agora... deixaram derramando... tem condição... não tem posto de saúde lá..a educação essa eu nem vou falar... você tem que ver. Depois dessa nossa conversa eu te pergunto... O que vai adiantar esse areporto intenacinar? O povo daqui esta precisando é de outras coisas mais urgente e necessária... oia esse areporto pode até servir mas não pra agora...mas os donos do Jalapão quer tudo do jeito deles... fazer o quê? Sou obrigada a ver tudo acontecendo do jeito deles.. e ainda voto pra eles... sim vota, pode votar. (SARAPIANA PEREIRA NETA, 87 anos) Caros, após a opinião da senhora Sarapiana Pereira Neta, 87, confesso que fiquei inquieta e quero saber a opinião de mais pessoas. Uma mulher possuidora de uma sabedoria nativa, por isso está completamente ERRADA. Não concordo! A minha opinião é a CORRETA! Ela não me falou sobre o que ela chamava de “DONOS DO JALAPÃO”, mas eu entendo que os donos do Jalapão somos nós. Temos a honra de dizer que TEMOS GESTORES PÚBLICOS em todas as esferas (municipal, estadual e federal), COMPETENTES, QUE SABEM ADMISTRAR OS NOSSOS RECURSOS. Por: A.C.M....