quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Programação Cultural VII Encontro dos Povos do Cerrado

12 de setembro (quarta-feira) 19h - Espetáculto Teatral `Cerrado - Entre Cascas e raizes `- Grupo Faz de Conta – MG Espetáculo multimídia que versa sobre a importância do Cerrado, suas águas, as paisagens, a fauna e flora, a histórica ocupação humana em intimidade com o bioma, a cultura popular, a espiritualidade; e logo o descaso, a ignorância, a degradação, e a urgente necessidade de conservação. 20h - ABERTURA - Mesa Institucional, com o Mestre de Cerimônia Josino Medina – MG 22h - Zé Mulato e Cassiano – DF Zé Mulato e Cassiano se apresentam hoje como o melhor resultado do que foram estes 80 anos de música caipira, raiz, sertaneja, cabocla ou regional não importa. 13 de setembro (quinta-feira) 12h - Dança indigena PETEI TENONDEPORÃRÃ REHE 18h30 - Terno de moçambique - Congo de Catalão – GO As versões sobre a origem da festa em Catalão são unânimes ao afirmar a influência do congado de Minas Gerais. Atualmente, quase metade dos moradores de Catalão participam da festa de Nossa Senhora do Rosário. A cidade apresenta hoje 21 ternos de congada divididos em 12 congos, dois moçambiques, um penacho, dois vilões e quatro catopés. 19h - Encantadeiras de Babaçu – MA As encantadeiras são mulheres que mantêm acesa a tradição das cantorias durante a coleta e quebra do coco babaçu. Seus cantos ecoam protestos e demanda por direitos, principalmente o direito ao livre acesso e à preservação dos babaçuais. 19h30 - Sussa - Comunidade Quilombola Sítio Histórico Kalunga – GO Dança tradicional Kalunga, a Sussa, nascida de tradições africanas, reflete toda a alegria desse povo. Com um ritmo marcado pelo som da viola, do pandeiro, da sanfona e da caixa (espécie de tambor), é uma tradição que envolve toda a comunidade por meio da música e da dança, caracterizada por giros em que as mulheres equilibram garrafas de cachaça sobre a cabeça. 20h - Mambembricantes – DF O grupo iniciou sua trajetória com um espetáculo de teatro de rua que percorreu ruas e praças do Brasil e de países da Europa, em turnê por Alemanha, Holanda, França -Festival de Teatrode Avignon-e Espanha. Desta experiência nasceu o chamado espetáculo Cênico Musical. 21h - Passarinhos do Cerrado – GO Passarinhos do Cerrado traz uma proposta musical baseada no estudo da cultura popular brasileira. Repleto de poesias, melodias e arranjos que misturam o ritmo nordestino, o coco, com manifestações culturais regionais como as folias de Reis e do Divino, a congada e a catira. 14 de setembro (sexta-feira) 10h - Maria Jatobá – teatro Teatro, poesia e música são elementos de arte-educação utilizados na intervenção teatral de Maria Jatobá, que pretende chamar a atenção da sociedade civil sobre a valorização do meio ambiente e das tradições populares que remetem à memória dos povos habitantes do Cerrado, agregando valor sobre sua existência e importância na manutenção do patrimônio natural e cultural. 18h - Espetáculo `Cade o Manzuá` - Ponto de Cultura Seu Duchim de Folias e Grupo de dança Manzuá da Comunidade Quilombola Retiro dos Bois- MG O espetáculo é uma projeção estética das danças e músicas do grupo tradicional Manzuá, onde o contemporâneo e o tradicional se convergem na produção artística. O Espetáculo envolve o corpo de dança do Ponto de Cultura Seu Duchim e a orquestra feminina de caixa de folia de reis. Integram, também ao espetáculo, o grupo de dança Manzuá da comunidade quilombola Retiro dos Bois, de Januária/Minas Gerais. 18h40 - Reizado de Bebedouro – BA 19h20 - Grupo de batuque do Quilombo do Gurutuba – MG 20h - Sussa - Comunidade Quilombola Sítio Histórico Kalunga - GO 20h30 - Sérgio Perere – MG Pererê é herdeiro da cultura africana e filho das Minas Gerais. Representa o elo entre as tradições e a contemporaneidade. Em seu expressivo canto, nota-se a presença da força ancestral presente nas manifestações populares como catopés, Moçambique, marujada e, ao mesmo tempo, o swing do jazz, do blues e do soul. Atração cultural ao longo dos dias: Carlos Machado Programação Cultural Festival Puroritmo – evento parceiro do VII Encontro e Feira dos Povos do Cerrado 15 de setembro (sábado) 20h – Seu Estrelo e o Fuá do terreiro 20h45 - DJ Wash 21h30 – Pedra Branca 22h45 - DJ Chicco Aquino 16 de setembro (domingo) 17h – Trio Oblivion 18h - DJ Chicco Aquino 18h45 - DJ Tudo e sua gente de todo lugar 20h - DJ Pezão 20h45 Carlos Malta e o Pife Muderno Brasília sediará encontro de povos e comunidades tradicionais do Cerrado Na semana em que é celebrado o Dia do Cerrado: 11 de setembro, o Memorial dos Povos Indígenas será palco do encontro dos povos do Cerrado, de suas manifestações culturais e da feira de produtos da sociobiodiversidade. A Rede Cerrado, em parceria com a Fundação Banco do Brasil, realizará o VII Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, de 12 a 16 de setembro de 2012, no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília/DF. Com o objetivo geral de mobilizar os povos do Cerrado e a sociedade para implementação de ações voltadas para a conservação e o uso sustentável do Cerrado, o VII Encontro e Feira dos Povos do Cerrado será uma excelente oportunidade para dar visibilidade ao Cerrado, incluindo as ricas manifestações culturais dos seus povos e comunidades tradicionais. Deverá reunir cerca de mil representantes indígenas, quilombolas, geraizeiros, vazenteiros, quebradeiras de coco, agricultores familiares, além de organizações da sociedade civil das unidades da federação onde há Cerrado brasileiro (DF, Goiás, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Piauí, São Paulo e Bahia). O Encontro dos Povos do Cerrado, realizado desde 2001, se consolidou como um espaço para: troca de experiências que resultem na conservação do Cerrado e na promoção de meios de vida sustentáveis; valorização das tradições culturais dos Povos do Cerrado; discussão e formulação de posições políticas conjuntas; e divulgação pública dos problemas socioambientais que afetam o bioma, como também das alternativas existentes para o uso sustentável de sua biodiversidade. Será dividido em três grandes momentos: o encontro; a feira dos produtos da sociobiodiversidade do Cerrado e a programação com as manifestações culturais do Cerrado, além de shows de artistas renomados. O VII Encontro e Feira dos Povos do Cerrado tem o apoio do MDA, MMA, CONAB, MDS, FUNAI, Petrobras, Rádio Cultura/Secretaria de Cultura/GDF, EMATER-DF, por meio da emenda parlamentar do Deputado Distrital Joe Valle, Memorial dos Povos Indígenas, Projeto Florelos (ISPN/Comissão Européia), Central do Cerrado, PNUD, IBRAM/SEMARH/GDF, Ibama, ICMBio e CESE. O ENCONTRO O Encontro terá uma extensa programação que envolve seminários, palestras, oficinas, audiência pública e demais atividades sobre temas relativos à conservação do Cerrado e a seus Povos. Teremos ainda uma Mostra de Tecnologias Sociais para que possamos difundir as tecnologias de produção, uso sustentável, organização social, entre outras voltadas para a transformação social para nossas comunidades. Será desenvolvido com foco na participação das comunidades e entidades, formalmente filiadas ou não à Rede Cerrado, que atuam em prol da sustentabilidade do Cerrado. No dia 12/09 teremos à noite a solenidade de abertura com a fala dos Povos do Cerrado, autoridades e apoiadores do evento. Dia 13/09, ao longo de todo dia, teremos seminários e painéis de debates acerca de assuntos inerentes ao Cerrado, seus povos e seus problemas, com a participação de autoridades e especialistas. Na parte da tarde teremos o Grito do Cerrado. GRITO DO CERRADO O Grito do Cerrado será uma grande manifestação pacífica com o intuito de alertar a sociedade e o poder público quanto aos desafios e problemas enfrentados atualmente pelo Cerrado e os povos e comunidades tradicionais que o habitam. Consiste em uma passeata pela Esplanada dos Ministérios, que sairá da Catedral de Brasília no dia 13 de setembro, com destino ao Congresso Nacional. O Grito do Cerrado terá inicio por volta das 14h na Catedral de Brasília com a tradicional corrida de toras, realizada entre os índios Xavante e os Timbira, mobilizados pela Mobilização dos povos Indígenas do Cerrado - MOPIC. Às 15h30 haverá audiência pública para debater a realidade do bioma Cerrado, no auditório Petrônio Portela – Senado Federal. Na ocasião, será entregue aos parlamentares a Carta do Cerrado, documento que considera os posicionamentos políticos e as reivindicações da Rede Cerrado em relação às políticas públicas de proteção ao bioma e sua população. No dia 14/09 ao longo de todo o dia teremos a realização de várias oficinas simultâneas. Cada participantes poderá escolher a oficina que pretende participar atentando que algumas oficinas possuem numero de vagas limitadas. A relação de atividades do encontro com os respectivos responsáveis, local e horário de realização serão disponibilizadas em breve no site da Rede Cerrado. A FEIRA A Feira dos povos do Cerrado irá promover os produtos e a troca de experiência entre os empreendimentos ecossociais de base comunitários, assim como divulgar as possibilidades de uso sustentável do Cerrado e de sua conservação. Serão cerca de 100 estandes para exposição e comercialização de produtos de cerca de 200 organizações comunitárias. A PROGRAMAÇÃO CULTURAL Todo evento será enriquecido com uma intensa programação cultural que deve levar cerca de 20 mil visitantes ao Memorial dos Povos Indígenas. Nesta edição, o evento será integrado com o Festival PuroRitmo, com atrações culturais e uma praça de alimentação sustentável. Rede Cerrado – 20 anos em defesa dos povos e comunidades tradicionais do Cerrado Na Rio 92, por ocasião da assinatura do Tratado dos Cerrados, nasceu a Rede Cerrado. Este documento definiu compromissos entre seus signatários para enfrentar as ameaças ao bioma, constituindo-se como o marco histórico e legal da Rede Cerrado. A Rede Cerrado congrega organizações da sociedade civil que atuam na promoção do desenvolvimento sustentável e na conservação do Cerrado. São mais de 500 organizações identificadas com a causa socioambiental no bioma, que representam trabalhadores e trabalhadoras rurais, extrativistas, indígenas, quilombolas, geraizeiros, quebradeiras de coco, pescadores artesanais, entre outros. A diversidade de atores comprometidos e atuantes no campo político da Rede Cerrado é grande e, sem dúvida, seu maior patrimônio. O objetivo principal da Rede Cerrado é a luta pela conservação do bioma e a defesa de seus povos e comunidades tradicionais, promovendo justiça social e sustentabilidade ambiental. Entre as atividades da Rede Cerrado, destaca-se a realização, desde 2001, do Encontro e Feira dos Povos do Cerrado. Um espaço de troca de experiências, de promoção de meios de vida sustentáveis, de valorização das tradições culturais dos Povos do Cerrado, de formulação de posições políticas conjuntas e, ainda, de divulgação pública dos problemas socioambientais que afetam o bioma e das alternativas existentes para o uso sustentável de sua biodiversidade. A Rede Cerrado também atua estrategicamente em diversos espaços públicos socioambientais para propor, monitorar e avaliar projetos, programas e políticas públicas afetos ao Cerrado e a seus povos. O Cerrado e seus povos e comunidades tradicionais O Cerrado, segundo maior bioma brasileiro, é a savana com maior biodiversidade do planeta (5%). Ocupa quase 1/4 do território nacional (2.036.448 km2), abrangendo o Distrito Federal, os estados de Goiás, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Piauí, São Paulo, Bahia, Rondônia e porções de Roraima, Amapá, Amazonas e Pará. No Cerrado, moram 25 milhões de pessoas – 15% da população nacional, distribuída em 1.330 municípios. É conhecido como “berço das águas” ou “caixa d´água do Brasil” por abrigar nascentes das principais bacias hidrográficas brasileiras. Estudos apontam que existem cerca de 15 mil espécies de plantas no Cerrado, das quais 44% são endêmicas (exclusivas do bioma), além de uma fauna riquíssima, com aproximadamente 300 mil espécies de animais, sendo 90 mil insetos (28% do total de espécies do Cerrado) e 2.500 espécies de vertebrados. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, 132 espécies do Cerrado constam na lista das espécies ameaçadas de extinção. O problema central da ocupação territorial e econômica do Cerrado é o caráter predatório do modelo agrosilvipastoril predominante, que ameaça a própria existência do bioma e de seus povos. Até 2010, o Cerrado já havia perdido 48,5% de sua cobertura vegetal e o processo de devastação continua. Hoje, o bioma conta com 54 milhões de hectares ocupados por pastos e 21,56 milhões de hectares por culturas agrícolas. Ao longo de 12 mil anos de ocupação humana, uma variedade de meios de vida e estratégias de uso e convivência se apresentaram na relação desses grupos com a diversidade ecológica do Cerrado. Os povos e comunidades tradicionais do Cerrado são a representação atual dessa sociobiodiversidade, como conhecedores e guardiões do patrimônio ecológico e cultural da região. No tocante aos povos indígenas, no bioma encontramos mais de 80 etnias. Já os povos e comunidades tradicionais abrangem quilombolas, geraizeiros, vazanteiros, quebradeiras de coco, entre outros, que convivem com o Cerrado, o conservam e respeitam. A agricultura familiar e o extrativismo são importantes aliados na conservação dos ecossistemas por formarem paisagens produtivas que proporcionam a continuidade dos serviços ambientais prestados pelo Cerrado, tais como a manutenção da biodiversidade, dos ciclos hidrológicos e dos estoques de carbono. Povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares comprometidos com a conservação do Cerrado têm um papel extremamente relevante na manutenção do Cerrado em pé. Serviço O que: VII Encontro e Feira dos Povos do Cerrado Quando: 12 a 16 de setembro de 2012 Quando: Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília/DF

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